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ÁLBUM DE FOTOS DE NOSSA REGIÃO |
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PÁGINAS DE
EVENTOS: Ver também: Ø 2012 - SUBIDA AO MORRO DA PEDRA GRANDE |
07/07/2012 - PEREGRINAÇÃO DO ISHIZUCHI OKAMI (石鎚大神) – O SANTO DA
PEDRA Esta peregrinação,
organizada pelo Ishizuchi Jinja do Brasil, acontece todo ano no subdistrito
de Quatinga, Mogi das Cruzes e tem como objetivo a celebração
de um missa, no topo do Morro da Pedra Grande, conforme os rituais do culto
xintoísta ao Santo da Pedra. |
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Chegamos ao sítio onde está localizado o
Santuário. Ainda falta um dia para a
peregrinação. O pessoal, todos voluntários, está
trabalhando duro preparando as refeições que serão
consumidas pelos peregrinos. A preparação dos mochi 餅 (espécie de bolachas de arroz cozido socado no pilão) A
PEREGRINAÇÃO: Já estamos a caminho do Morro da Pedra Grande Bela vista de Cubatão e Santos O início do ritual Chegou a hora de iniciar a descida Voltamos para o sítio onde fica o Santuário Daqui temos uma vista muito bonita da Pedra Grande Lemos gravado na pedra na entrada do
santuário: SANTUÁRIO ISHIDUTI ISHIDUTI HIKONO MIKOTO IWATSUTI HIKONO
MIKOTO ou SANTO ISHIDUTI OKAMI, corresponde ao segundo filho de IZANAGUINO
MIKOTO e IZANAMINO MIKOTO. O SANTO ISHIDUTI
OKAMI é o único que representa as três
características, representadas por três imagens: JIN, TII e YUU. 1 – JIN,
imagem do TAMAMOTI (Niguimitama, Espírito de harmonia e
Benevolência), é protetor do Lar e na Cura de Doenças. 2 – TII,
imagem de KAGAMIMOTI (Kushimitama, portador do espelho), representa o
espírito da sabedoria, é protetor o da Prosperidade de todas as
Profissões e no Sucesso dos Estudos. 3 – YUU,
imagem de TSURUGUIMOTI (Aramitama, portador da espada) representa o
espírito Justiceiro, Estimula a Coragem, a Perseverança e
é Protetor Contra Crises, Assaltos e Acidentes. Novamente observamos à Pedra Grande Hora da refeição – As mesas estão prontas Delicioso! (Um detalhe: aqui não tem carne vermelha) |
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O TORII, SÍMBOLO DO XINTOISMO, NA
ENTRADA DO SANTUÁRIO. As fotos a seguir
são reproduções das fotos expostas dentro do Templo e
correspondem à construção do Torrii de madeira feito
pela comunidade em 1973. Foto datada em
20/12/1973 Foto datada em
20/12/1973 |
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Breve história da
devoção a Ishizuchi no Brasil: Essa
devoção surgiu no Brasil por iniciativa de algumas
famílias de imigrantes japoneses, porém não se pode
negar a liderança do senhor Chôta Tsuno (1901-1994), um
agricultor oriundo da província de Kôchi (ilha de Shikoku). Em
meados da década de 1930, Chôta saiu de sua terra natal em
direção ao Brasil. Ele vinha acompanhado da esposa, duas filhas
e um filho. Assim que chegaram ao Brasil, eles foram morar com Tsuruki,
irmão de Chôta que já se encontrava estabelecido nos
arredores da capital paulistana. Posteriormente, reproduzindo um
padrão bastante comum entre os imigrantes japoneses de então,
ele arrendou terras na Vila Conceição e na Freguesia do
Ó, sempre plantando hortaliças. Em 1950, ele se uniu a outras
quatro famílias de imigrantes japoneses procedentes de Kôchi,
para adquirirem um terreno na região montanhosa de Quatinga,
município de Mogi das Cruzes, na divisa com Suzano (SP). Mantendo-se
na atividade agrícola, Chôta produzia batata, tomate, repolho e
outras hortaliças. Em 1955, houve uma
seca bastante rigorosa nessa região, que levou os agricultores a um
estado de quase desespero e de medo de perderem toda a
produção. Então, Chôta e outras três
famílias (Tanabe, Yokotobi e Umiji) recorreram à
devoção ao “Santo da Pedra” (Ishizuchi). Guiadas
por outro imigrante, senhor Noda, que conhecia as montanhas da região,
algumas pessoas se dispuseram a subir até o seu topo. O grupo acabou
se perdendo no trajeto, mas isto não o demoveu da idéia
inicial. Pelo contrário, esta dificuldade foi interpretada como
provação divina, para testar a força de vontade, a
determinação e a fé dessas pessoas. Depois das 23 horas,
chegando ao topo da montanha – cuja aparência lembrava o Monte
Ishizuchi –, eles rezaram fervorosamente até o amanhecer, com o
intuito de obter a graça de chover na região. De fato, quando
voltavam para suas casas, começou a chover. As pessoas lembram que
houve chuva contínua e abundante apenas no vale daquela região,
o que salvou a plantação local de batata. A chuva e os bons
resultados na colheita foram, então, interpretados como sinal da
força e da intervenção da divindade. No ano seguinte,
Chôta foi ao Japão e trouxe para o Brasil os símbolos e
as representações da divindade. Pouco depois de sua chegada, um
grupo levou as três estátuas de Ishizuchi ao topo da montanha,
em peregrinação. A partir de 1957, foi
estabelecido que essa peregrinação ocorresse em todo primeiro
domingo de julho, para coincidir com o festival japonês, da ilha de
Shikoku, de onde o culto se origina. Fonte: Ishizuchi Jinja:
Sobrevivência Xinto-budista no contexto brasileiro - Ronan Alves
Pereira. |
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