Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: cameraman11

 

Caixa de texto: Confraria dos Caçadores de Imagens de Ribeirão Pires 
Gente que gosta da Estância Turística de Ribeirão Pires e de suas vizinhanças

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Fotógrafo01b

 

 

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: 11950002022128229028camera_mount_svg_med

 

PÁGINA INICIAL

 

QUEM SOMOS

 

ENTRE EM CONTATO

 

 

 

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: 11950002022128229028camera_mount_svg_med

 

76ª FESTA DE NOSSA SENHORA DO PILAR

 

75ª FESTA DE NOSSA SENHORA DO PILAR

 

 

OUTROS TEMAS

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – HISTÓRIA

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – CEMITÉRIO

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – ESTAÇÃO PILAR

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – FESTAS

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – OUTRAS  CURIOSIDADES

 

 

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR:

 

História da Reforma do Patrimônio Histórico Religioso

 

 

     image054

 

Fotos Históricas (312)  Fotos Históricas (311)

 

 

Importante exemplar arquitetônico do século XVIII construída pelo sistema de taipa de pilão, essa belíssima obra estilo bandeirista de formato trapezoidal, declarada e tombada como Patrimônio Histórico, está localizada no Município de Ribeirão Pires na região do Grande ABC Paulista.

Na década de 1970, a Capela encontrava-se em estado precário de conservação. Parte do telhado já havia desabado em consequência das infiltrações de água de chuva. Procurando evitar a deterioração total de seu patrimônio histórico e religioso e a pedido de alguns moradores, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires, através do seu prefeito Valdírio Prisco fez os primeiros contatos com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).

A Capela recebeu o título de utilidade Pública pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires em 1971. Localizada no topo aplainado de uma colina, o local é também considerado um sítio histórico por sua relação com a origem da formação do atual Município.  Foi Tombada como Patrimônio Histórico conforme resolução de 24 de abril de 1975:

 

 

JOSÉ E. MINDLIN, SECRETÁRIO DA CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e nos termos do artigo 1º do Decreto-lei 149, de 15 de agosto de 1969,

 

RESOLVE:

Artigo 1º - Fica tombado como monumento histórico-artístico a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, também conhecida como “Pilar Velho”, no município de Ribeirão Pires, dadas suas qualidades excepcionais de partido arquitetônico e de ancianidade; assim como, aproximadamente, 45.000,00 m² de terreno envoltório definido pela bifurcação da estrada que lhe dá acesso e por uma linha imaginária paralela à fachada posterior e dela distante 80,00 metros.

Artigo 2º - Fica o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado, autorizado a inscrever no Livro de Tombo competente o bem cultural em referência, para os devidos efeitos.

Artigo 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

 

SECRETÁRIO DA CULTURA, CIÊNCIA E TÉCNOLOGIA, aos 24 de abril de 1975

JOSÉ E. MINDLIN

Secretário do Estado

 

 

 

A restauração da Capela

 

Fotos Históricas (310)

 

 

O trabalho de restauro, apresentado neste artigo, tem início no ano de 1984[i]. Toda a técnica para a restauração foi orientada pela CONDEPHAAT.

A técnica utilizada para a reforma das paredes foi a de solo cimento, cuja aparência assemelha-se a taipa original. Foram feitas análises de solo de vários locais do Município, e a que melhor solução apresentou foi o material colhido nas imediações do Centro Esportivo Municipal Vereador Valentino Redivo. O teste realizado a efeito de 26 de junho de 1984 obteve excelente resultado.

Após testes realizados surgiu o movimento grevista dos engenheiros e arquitetos do Estado. Ficando, portanto, a restauração paralisada e prejudicada por cerca de 70 dias. As obras de restauro retornaram em 11 de setembro de 1984.

 

 

AS PAREDES

 

 

image035  Fotos Históricas (326)  Fotos Históricas (328)

 

Em 22 de outubro foi iniciado o reforço das paredes laterais da Capela pelo mesmo sistema solo cimento, consistindo na abertura de valas junto à parede com profundidade de 50 cm e 60 de espessura.  Após este reforço foram iniciados, a 10 de novembro de 1984, o erguimento da parede lateral da Capela, onde primeiramente foram retirados todo o reboque remanescente e três janelas para caracterizar o estilo predominante da época.  A reforma foi de difícil execução, mesmo porque, eram necessários andaimes de madeira; fazer inúmeras perfurações na parede para colocação de formas; a obra não permitia mais que dois funcionários para a socagem pelo pequeno espaço das formas além do prejuízo em decorrência das constantes chuvas. Paralelamente, com empréstimos por trinta dias de andaimes cedidos pela Constata II, foram executados o reboque externo e interno da Capela com massa de solo e cimento.

As fôrmas, tanto das janelas como das paredes, foram confeccionadas na própria prefeitura. As telhas côncavas foram adquiridas em Mogi das Cruzes na Cerâmica Rio Acima. Todos os funcionários utilizados para a execução dessa obra, como pedreiros, serventes e carpinteiros, foram da manutenção de Divisão de Turismo, adquirindo Know How próprio.

 

 

image014    image037

(Fevereiro de 1983 – desabamento da parede devido infiltração de águas da chuva)

 

Também foram restauradas as paredes da torre, que se encontravam em estado muito precário.  A execução desse serviço foi um tanto demorada em razão das obras de arte. O material utilizado no reboque foi cimento e areia.

A parede reformada tem 60 cm. de espessura, resultando da mistura de solo e cimento na proporção de 13 por 1. O solo peneirado em tela de malha de 01 cm foi misturado ao cimento e ligeiramente umedecido. Em seguida introduzido na forma previamente colocada e realizada a socagem deste material pelo sistema pilão, consistindo num trabalho moroso, mesmo porque feito artesanalmente e dependente das condições climáticas, onde não há condições de aderência em dias  de chuva. A parede frontal foi terminada em 16 de outubro de 1984.

Nos dias chuvosos foram realizados serviços internos, como a retirada e fixação do novo reboque e pintura nas madeiras com cupincidas.

 

 

A TORRE

 

A torre da Capela foi construída em 1809 por fazendeiros como João Franco da Rocha e José Barbosa Ortiz. Havia dois sinos trazidos de Portugal e posteriormente roubados.

Para a reforma da Torre, foi necessára a locação de andaimes apropriados da firma Montart, os quais já estavam armados desde o dia 27 de março de 1985. Primeiramente se fez a limpeza com retirada de entulhos e arbustos que cresceram no local.

 

 

image032     Fotos Históricas (306)     Fotos Históricas (323)

A cúpula da torre, formada pelo telhado de zinco, era preocupante pelo seu estado. Após contato com a firma Zenital Com. Ind., juntamente com técnicos da CONDEPHAAT, optou-se pela cobertura em fibra de vidro, injetada no próprio local, onde se deu o acabamento final com aparência idêntica ao cobre e que não sofreria o processo de deterioração.

 

image033     Fotos Históricas (317)      Fotos Históricas (321)

 

A torre tem ¾ de estrutura em blocos de pedras sobrepostas, sendo a parte alta confeccionada em tijolos.

 

Aos 10 de abril de 1985, as obras de restauração da Capela do Pilar passaram a ser executadas pela Secretaria Municipal de Obras, conforme Lei 2.636 de 09 de abril de 1985. Com a montagem de andaimes em meados de abril de 1985, teve início o restauro de uma das fases mais difíceis da Capela, a torre, com altura aproximada de 16 metros.

Primeiramente foram retiradas as plantas popularmente denominadas de “figueiras”, algumas de porte avançado, inclusive ameaçando a estrutura da parede. Toda a parte da cúpula foi confeccionada pela Ind. De Plásticos ZENITAL, gratuitamente, através de contatos preliminares com seus diretores Antonio Carlos Romanini e Ozires Magalhães, cedendo material e disponibilizando seus funcionários. Segundo os diretores desta empresa, a execução desta obra de arte foi considerada difícil. O problema maior enfrentado foi o de desalojar as abelhas instaladas na coroa. Entretanto com o uso do fogo, e muita persistência, a situação ficou resolvida. Esta fase de restauração levou cerca de 20 dias, terminando em fins de junho de 1985.

 

 

 

image039

 

 

O TELHADO

 

 

Fotos Históricas (291)    Fotos Históricas (336)

 

A substituição do telhado foi um trabalho delicado e difícil. Iniciado em meados de novembro, porém, desde fins de setembro a nova estrutura do telhado estava sendo construída no setor da serraria da prefeitura pelo carpinteiro Manoel Pereira e seus auxiliares para posteriormente fazer a montagem na Capela. Da antiga estrutura foram reaproveitadas somente duas grossas vigas de sustentação e travamento, antes passando por tratamento a base de Pentox e reforçadas por chapas de ferro. Ao retirar as madeiras originais, verificou-se que foram usadas guatambu, canela e perobinha, provavelmente encontradas nas imediações, naquela época. Estas madeiras eram travadas por cravos de vários tamanhos.

Praticamente executado artesanalmente, levou cerca de 45, dias ficando a cobertura pronta em 30 de dezembro de 1985, sendo que basicamente foram utilizadas ferramentas como machado e talhadeira. A Capela, de formato trapezoidal, dificultou um pouco a colocação exata das telhas, porém foi solucionado satisfatoriamente após muita paciência do carpinteiro.

 

 

PISOS, SALETAS, SACRISTIA E VARANDA

 

 

Fotos Históricas (313)            Fotos Históricas (279)

Esses serviços de reforma foram executados pela SETUR com a devida supervisão da CONDEPHAAT a partir de agosto de 1986. Foram reformados os pisos da sacristia, saleta e varanda, cerca de 36 , que se encontravam seriamente comprometidos.

Os técnicos da CONDEPHAAT optaram pela retirada do piso feito de tijolos, e recolocados os que estavam em condições de reaproveitamento, sendo substituídos todos aqueles que se encontravam danificados. Para a substituição foram usados tijolos retirados de demolições de casas antigas, pois o formato e as dimensões assemelhavam-se aos originais.

 

 

O FORRO

 

Em outubro de 1986 foram iniciados os trabalhos de parafusamento das madeiras que compôem o forro da Capela. Foram utilizados cerca de 1.200 parafusos para fixação, sendo que esses parafafusos foram encobertos por uma camada de massa composta de serragem fina e cola marca Cascola. Após a secagem foram lixados, dando aparência que as madeiras foram fixadas por cravos também de madeiras, desaparecendo totalmente os vestígios dos parafusos.

 

 

A PINTURA

 

Em meados de novembro de 1986 foram iniciados os trabalhos de pintura. Assim, foi utilizado para o forro da Capela verniz Ipiranga – Sparlack, fosco aveludado em duas demãos, sendo utilizados cerca de 12 galões de 3.600 mls.

Quanto à pintura do madeiramento do telhado, na parte da sacristia, varanda e saleta da Capela, locais estes, em que não existe o forro, assim como os beirais externos, as janelas e portas, foram pintados com óleo de linhaça aquecido, dando uma tonalidade escura na madeira, aparentando envelhecimento, tornando-as muito bonitas e atrativas.

 

 

RESTAURAÇÃO DO ALTAR

 

 

O altar apresentava vários sinais de deterioração, principalmente pela ação do tempo e pelos cupins. A reforma exigia mão de obra especializada, com a devida cautela para não descaracterizar a obra de arte. Assim, o trabalho de recuperação foi executado por técnicos restauradores especializados indicados pela CONDEPHAAT. A obra, sob contrato, foi realizada em cerca de 90 dias, tendo início em 23 de outubro de 1986 e terminado em  23 de janeiro de 1987. O trabalho consistiu, basicamente, na substituição das madeiras em deterioração, injeção de cupincidas em todo o madeiramento, aplicação de massa  nos vãos e pintura artística conforme o original. Outros detalhes técnicos e especificações poderão ser consultados pelo contrato de serviço entre os restauradores e a Prefeitura Municipal.

 

 

Fotos Históricas (270)         

 

   DSC03796

Foto da Festa de Nossa Senhora do Pilar

Maio de 2012    (Tágua– Horacio Garcia)

 

Pesquisa:

Valdelice Conceição dos Santos

Horacio Alberto Garcia – Tágua

 

Agradecemos a colaboração de Marlene de Oliveira e Maria Lucia Silva do Museu Histórico Municipal Família Pires.

 

 

REFERÊNCIAS:

 

[1] Relatório sobre a Restauração da Capela do Pilar. Jorge Kakisaka – Chefe da Divisão de Turismo, 10 de abril de 1984. Acervo do Museu de Ribeirão Pires.

 

Acervos de Fotos.

Arquivo de fotos do Museu Histórico Municipal Família Pires

Site: www.ribeiraopires.fot.br – Fotos de Tágua (Horacio A. Garcia)

 

 

 

 

OUTROS TEMAS

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – HISTÓRIA

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – CEMITÉRIO

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – ESTAÇÃO PILAR

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – FESTAS

 

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – OUTRAS CURIOSIDADES

 

Outros registros relacionados à Capela Nossa Senhora do Pilar serão futuramente tratados em nossa página de “Artigos Históricos”. Temas como as mudanças ocorridas ao longo dos tempos como a construção da escadaria até a mais recente reforma com a instalação do “museu aberto” onde foram incluídos na área ao entorno da Capela alguns espaços tratando da história regional como é o caso do espaço reservado à Mula Menina. Enfim, são muitos os fatos e temáticas que nos deixam apaixonados pela história da Capela Nossa Senhora do Pilar.

 

 

 

VOLTA AO TOPO                                                                                 PÁGINA INICIAL

 

 



[1]